Um olhar sobre HALO, a nova série da Paramount+
Desde que a Microsoft decidiu se aventurar no mundo dos games e lançou o seu primeiro blockbuster HALO, o universo do game tem encantado sua grande legião de fãs.
De olho nisso, e querendo conquistar uma fatia do crescente mercado de streamings, a Paramount+ colocou como carro chefe de seu catálogo a primeira série baseada no universo do game.
Decisão acertada? Claro que sim! As primeiras impressões da série são as melhores possíveis:
Desde o primeiro episódio, de tirar o fôlego, os três primeiros episódios deixam claro a que ela veio, e convidam o espectador a um mergulho profundo nesse rico enredo.
Tudo começa quando o protagonista John (Pablo Schreiber), líder da equipe Silver Team dos Spartans, super soldados a serviço (e às vezes, desserviço) à humanidade, encontra em missão um misterioso artefato.
Ao tocar no objeto, o "Masterchief" descobre que tem uma estranha conexão com o mesmo.
Enquanto ele parece ter a habilidade de "acionar" o objeto, o mesmo parece lhe trazer memórias suas, reprimidas por um dispositivo implantado em seu corpo.
É a partir deste evento que uma enorme reviravolta na vida de John se inicia.
Como uma colcha de retalhos, a história vai se desenrolando, à medida que os personagens vão sendo apresentados.
A humanidade está em pé de guerra com os Covenant. Uma raça poderosa (e asquerosa), que disputa com os humanos o controle da galáxia.
A humanidade é liderada pela USNC, uma inescrupulosa organização que controla os Spartan, e costuma tomar controle sobre colônias usando força bruta, o que causa revolta e repulsa da própria humanidade.
O principal cérebro do USNC e desenvolvedora do programa Spartan é a Doutora Halsey Natasha McElhone), uma cientista genial, mas que ninguém sabe dizer de que lado ela está.
Aliás, a dualidade é uma constante em praticamente todos os personagens da série.
Absolutamente todos, exceto talvez o próprio John, estão envolvidos em conflitos ou disputas secundárias, e agindo de acordo com seus próprios interesses.
Assim é a personagem Kwan Ha (Yerin Ha), única sobrevivente de uma colônia no planeta Madrigal, arrasada pelos Covenant.
Ela é salva por John e, contra todos os protocolos, ele decide levá-la consigo e "poupar" sua vida, inclusive…
E uma das personagens mais intrigantes e de maior destaque na trama é a "abençoada" Makee (Charlie Murphy). Uma humana que foi resgatada quando criança e criada pelos Covenant.
Ela, ao que tudo indica, é uma das poucas criaturas no universo a ter a habilidade de ativar o mesmo artefato que John encontrou. Artefato este, aliás, que é parte de uma antiga tecnologia, da qual os Covenant estão atrás.
Makee e John estão ligados de alguma forma, apesar de não se conhecerem, e suas habilidades ligadas a esta tecnologia podem ter o poder de mudar toda a realidade daquele universo.
E já que se trata de uma história original de um game da Microsoft, é claro que a Cortana está presente!
Ela, que inspirou a criação da Cortana que todo usuário de Windows 10 conhece, dá as caras na série a partir do terceiro episódio. E até ela tem uma dualidade na trama…
Em suma, o roteiro da série até o momento é sensacional. O timing entre a apresentação de cada personagem e a ambientação do espectador na trama é perfeito!
Talvez, o único pecado do roteiro até agora tenha sido a ação.
Depois de um primeiro episódio que foi ação do início ao fim, os outros dois episódios deixaram a desejar nesse quesito. Mas nada que chegue a decepcionar.
Elogios também à produção e efeitos visuais.
Pra quem é fã da série de games, e pra quem nunca ouviu falar sobre, Halo é uma ótima opção pra todo fã de ficção científica. E a série tem tudo para agradar os fãs antigos e angariar toda uma legião de novos fãs.
Este artigo foi escrito por Eliezer J. Santos e publicado originalmente em Prensa.li.