Uma mulher negra estampará o dólar americano
Uma mulher negra dividirá o verso das moedas de 25 centavos americano, com seus ex-presidentes brancos.
A personalidade escolhida foi a escritora e ativista Maya Angelou. A poeta vai estrear uma série de homenagens que trará mulheres proeminentes do país.
Maya teve uma infância trágica, ao ser estuprada aos 7 anos, pelo namorado da mãe. O estuprador foi espancado até a morte, mas o trauma fez com que a garota ficasse sem falar por 6 anos, o que despertou sua vontade em escrever.
Com mais de 30 títulos honorários, Maya Angelou recebeu das mãos do então presidente Barack Obama, em 2010, a Medalha Presidencial da Liberdade. Foi Maya também quem leu “No Pulso da Manhã” na posse do presidente Bill Clinton.
Maya, também teve uma participação importante na história de lutas pelos direitos dos negros, tendo inclusive participado da luta do movimento negro ao lado de Martin Luther King, e Malcom X.
A iniciativa prevista por um projeto de lei da congressista democrática do estado da Califórnia, Barbara Lee, e que foi votada no final de 2020, é a primeira moeda de uma série denominada “Prominent Amercian Women” ou (Mulheres Americanas Proeminentes)
Imagem: Casa da Moeda dos EUA/Divulgação
A ação, terá outros nomes femininos importantes na história americana, como os da 1º astronauta mulher, Sally Ride, a primeira nativa americana e líder da Nação Cherokee, Wilma Mankiller, a política e ativista latina, Nina Otero-Warren, e a primeira atriz de sucesso e que tem ascendência asiática, Anna May Wong.
Não é a primeira vez que os Estados Unidos estampa o rosto de uma mulher em suas moedas e notas.
A índia Pocahontas esteve presente em uma nota de US$ 20, de 1865 a 1869, sendo esta, a primeira mulher a aparecer nas cédulas. A primeira-dama, Martha Washigton também recebeu essa homenagem, e ficou na cédula americana, de 1886 a 1890.
Já no Brasil, apenas duas mulheres estamparam a moeda nacional. A Princesa Isabel circulou nas notas de 50 cruzeiros, de 1967 até 1972, e depois foi a vez da escritora Cecília Meireles, que ficou na cédula de 100 cruzados novos entre 1989 até 1992.
Este artigo foi escrito por Daniel Marx e publicado originalmente em Prensa.li.