Unicórnios existem e o Nubank é um deles
Imagem feita no Canva
Na mitologia, unicórnios são criaturas mágicas e raras, com o corpo de cavalo e um chifre em espiral. Mas no universo financeiro, eles representam startups com modelo de negócio digital que são avaliadas no mercado em mais de US$1 bilhão.
Esse é um grande feito para poucas startups.
A CB Insights estima que 70% das startups vão a falência geralmente em 20 meses após receberem seu primeiro investimento. Isso significa que a maioria das ideias de negócios, por mais criativas ou inovadoras que sejam, não vingam - mesmo com um suporte financeiro.
No Brasil, o Nubank é o terceiro unicórnio, logo atrás da plataforma de pagamentos PagSeguro e do aplicativo de transporte 99, que foi o primeiro a entrar no clube, em janeiro de 2018, após empresa chinesa Didi Chuxing comprar a startup brasileira.
Há quem discorde de que a PagSeguro seja uma startup e, por consequência disso, não possa ser considerada um unicórnio. Isso porque a empresa começou como uma iniciativa do UOL para se manter relevante no mercado durante a crise no jornalismo alguns anos atrás. O UOL, por sua vez, pertence à um dos maiores conglomerados de mídia do país, o Grupo Folha.
Para os empresários e analistas de negócios que não concordam com a posição da PagSeguro, o Nubank seria o 2º unicórnio do Brasil.
Independentemente de ter sido a segunda ou terceira a ter essa conquista, a fintech está no topo da lista das 10 principais empresas unicórnio da América Latina, segundo um levantamento da newsletter The News.
Além disso, é uma das startups mais valorizadas no mundo, em 9º lugar com avaliação de US$ 30 bilhões. A SpaceX de Elon Musk está na 3ª posição, avaliada em US$ 74 bilhões.
Enquanto o 99 e a PagSeguro conseguiram seus postos como unicórnios com apoio ou aquisição de uma grande empresa, o Nubank nasceu totalmente autônomo, apenas com recursos de seus sócios iniciais. Foram várias rodadas de investimento até realizar essas conquistas e crescer.
Apesar de não ter comentado publicamente, a startup deve fazer seu pedido de IPO (Oferta Pública de Ações, em português) até o fim deste ano ou no início de 2022. Valendo entre US$ 75 bilhões e US$ 100 bilhões, esta será, provavelmente, uma das maiores estreias de uma empresa sul-americana na Bolsa de valores NASDAQ.
Operando desde 2013 com seus famosos cartões roxinhos, o Nubank já conta com mais de 40 milhões de clientes no Brasil, e começou a avançar para países como Colômbia, Argentina e México.
Imagem: Divulgação/Nubank
Criado por David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible, o banco digital surgiu com a promessa de acabar com as burocracias típicas de instituições financeiras tradicionais e revolucionar o mercado com serviços e produtos inovadores.
De acordo com a Forbes, a empresa é composta por mais de 3 mil colaboradores, sendo 41% mulheres ocupando cargos em todas os níveis e funções, e 26% fazem parte da comunidade LGBTQIA+.
Em junho de 2021, o Nubank anunciou a cantora Anitta como integrante do Conselho de Administração, no qual ela ajudará o banco a “desenvolver produtos e comunicações cada vez mais focadas na missão de empoderar as pessoas.”
“Anitta tem profundo conhecimento do comportamento dos consumidores nesses mercados que tem explorado e tem muita experiência em estratégias de marketing vencedoras. Essas competências foram chave para a convidarmos para o Conselho.”, David Vélez, CEO e fundador da empresa.
A ideia central do Nubank é fazer com que os seus clientes se identifiquem cada vez mais com a marca e que essa conexão acompanhe o crescimento da empresa.