Urnas eletrônicas sob suspeita: são mesmo seguras?
Conheça a tecnologia por dentro das urnas, que ganham noticiário com a início da propaganda eleitoral
Urna eletrônica com tecnologia de criptografia, assinatura e resumo digitais. No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , os equipamentos usados no processo, desde a automatização, em 2000, ganham destaque, com o início da propaganda nesta terça-feira (16).
Em ano eleitoral, debate público questiona a confiabilidade das urnas eletrônicas. Será que são mesmo seguras?
Urnas eletrônicas são seguras?
As urnas eletrônicas, microcomputadores projetados para receber votos, existem há mais de 25 anos e servem como modelo para outros países. O TSE ainda reforça que os equipamentos garantem “eleições seguras, transparentes e muito rápidas”.
Desde então, os mecanismos das urnas são questionados em todo processo. Por isso, no calendário da Justiça eleitoral, os Testes Públicos de Segurança (TPS) são realizados no ano anterior a cada pleito. Nos testes, o sistema é posto à prova:
São verificados as possíveis vulnerabilidades nos processos e nos softwares;
Correções e melhoria, a partir dos resultados apresentados;
Testes de confiabilidade de captação e de apuração de votos.
Urnas eletrônicas. Por dentro da tecnologia!
As urnas eletrônicas possuem tecnologias de criptografia, assinatura e resumo digital. Um hardware e software, desenvolvidos pelo TSE, são os responsáveis pela cadeia de segurança.
“Qualquer tentativa de executar software não autorizado na urna eletrônica resulta no bloqueio do seu funcionamento. De igual modo, tentativas de executar o software oficial em um hardware não certificado resultam no cancelamento da execução do aplicativo”
Os dados da urna eletrônica ainda são protegidos por uma assinatura digital. O que torna impossível a modificação de informações de candidato e eleitores na urna. O mesmo é válido para o resultado do boletim da urna, que não pode ser adulterado.
Hackers podem invadir as urnas no dia da votação?
O TSE afirma que a urna eletrônica não é vulnerável a ataques. O equipamento funciona de forma isolada e sem conexão à rede de computadores.
“Também não é equipado com o hardware necessário para se conectar a uma rede ou mesmo qualquer forma de conexão com ou sem fio. Vale destacar que o sistema operacional Linux contido na urna é preparado pela Justiça Eleitoral de forma a não incluir nenhum mecanismo de software que permita a conexão com redes ou o acesso remoto”
As assinaturas digitais ainda protegem as mídias usadas para a preparação das urnas e gravação dos resultados, o que impede qualquer invasão externa.
Este artigo foi escrito por Sandra Riva e publicado originalmente em Prensa.li.