💎 Brasil engaja mais que Inglaterra
No Blockchain Rio 2024, presidente do Banco Central afirma que a curva de engajamento no Open Finance no Brasil é muito superior à da Inglaterra
Olá, essa é mais uma edição da Prensa Open!
Na semana passada falamos sobre o papel da ESG na inovação sustentável do sistema financeiro. Hoje, destacamos a presença do Banco Central no Blockchain Rio 2024 e mais detalhes do mundo Open.
Uma excelente leitura!
Na última quarta-feira (24), as atenções do mercado de inovações no sistema financeiro se deslocaram para a palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto no evento Blockchain Rio 2024.
Segundo o presidente do Banco Central, a curva de engajamento no Open Finance no Brasil é muito superior à da Inglaterra e a agenda tecnológica conduzida pelo BC vai trazer mais bancarização à população brasileira por um menor custo.
Ainda segundo ele, o índice de fraudes registradas no Pix é de 7 a cada 100.000 operações, número que chega a 30 para cada 100.000 em cartões de crédito. Na Inglaterra, o sistema de pagamentos instantâneos registra 100 incidentes a cada 100.000, disse.
Durante a palestra no Blockchain Rio, o presidente do BC afirmou que, diante do forte crescimento de uso do Pix no país, o Banco Central se concentrou no aprimoramento de mecanismos de segurança. Ressaltou ainda que o instrumento tem uma média menor de incidentes do que outros sistemas semelhantes no mundo e também do que outros mecanismos de pagamento no país.
“Como começou a crescer muito mais o número de operações do que imaginávamos, focamos mais nos itens de segurança. Aí às vezes vejo uma narrativa sobre segurança que é muito fora da realidade, uma narrativa de que o número de fraudes aumentou muito. Aumentou muito porque muitas coisas passaram a ser feitas por Pix, a conta não pode ser de número absoluto”, afirmou Campos Neto.
Ao observar o cenário mundial, acrescentou que o BC se ateve ao processo global de tokenização, qualificado por ele como “um trem que já partiu” e revelou que, ao perceber que as pessoas estavam insatisfeitas com as maneiras tradicionais de pagamentos, passou a observar a solução dos gamers.
“A gente via muito o pessoal que era gamer, fazia os pagamentos, registro de placar, de score, de videogame. E perguntava muito o que os jovens precisavam e entendiam que deveria ser um sistema de pagamentos. Sempre apareciam as seguintes características: rápido, barato, transparente, seguro. A gente entendia que tinha que ser inclusivo, então foi assim que começou a nascer o Pix”, contou.
E o Drex?
De acordo com o representante da instituição, a utilização da blockchain através do Drex, versão brasileira de moda digital emitida por banco central (CBDC, na sigla em inglês), aconteceu pela necessidade de programabilidade dos pagamentos, via contratos inteligentes.
A moeda digital gera eficiência na parte de registros de contratos, o que simplifica e torna mais seguros o desenvolvimento de serviços financeiros. O piloto do Drex está atualmente em sua fase dois, com as instituições participantes realizando testes para privacidade, programabilidade e descentralização - a resolução destes três quesitos, um trilema, é o grande desafio para aplicação da moeda digital, de acordo com o presidente do BC.
Roberto Campos Neto apontou ainda que um dos debates da reunião do G20, que ocorre no Rio de Janeiro, é como resolver a governança da internacionalização de moedas. Este é um desafio que o plano de voo da digitalização das finanças traçado pelo BC busca solucionar.
Para entender melhor os resultados e o status atual do que está sendo desenvolvido em termos de inovação financeira no país, o BC apresentou um documento oficial com a Agenda de Inovação do Branco Central do Brasil.
O documento começa com pontuações sobre a transformação do mundo digital, a modernização da economia e a integração da agenda.
Quer mais detalhes sobre a Agenda BC# para cada um dos quatro blocos fundamentais? Na Prensa Open da próxima semana você verá uma análise exclusiva da Prensa para a agenda integrada do Banco Central.
Uma volta no Blockchain Rio 2024
O evento chega a sua terceira edição na cidade maravilhosa, apresenta uma semana inteira repleta de eventos espalhados pela cidade e contará com a participação de diversos hubs de inovação que apresentam ao público um ecossistema completo de empresas ligadas ao setor. Entre os principais temas abordados, estão: Drex, Tokenização de ativos, Framework Regulatório, Pagamentos Digitais, DeFi, NFT, Halving, Ordinals, Arte Digital, Inteligência artificial e muito mais.
O Blockchain Rio 2024 conta com mais de 300 palestrantes renomados, incluindo CEOs de grandes empresas, especialistas em tecnologia blockchain, bancos e autoridades. São 10 trilhas de conhecimento, abrangendo temas como finanças digitais, tokenização, Web3, ativos digitais, energia, agro, tokenização imobiliária, legal e muito mais distribuídas em 9 palcos dedicados a diferentes áreas temáticas, proporcionando uma experiência completa e imersiva para os participantes.
“Hoje, somos o principal ambiente de discussões sobre o tema, onde participam líderes e decisores de todas as indústrias. Isso inclui bancos, fintechs, setores de energia, moda, agro e games, além da participação de artistas digitais e do governo, que se conectam, compartilham ideias, geram negócios e moldam o futuro”, diz Francisco Carvalho, CEO do evento.
‘Open finance’ é conhecido por 45% dos brasileiros bancarizados
De acordo com pesquisa Datafolha encomendada pela Zetta, apenas 5% se consideram bem informados sobre sistema.
Delend conquista licença do Banco Central para integrar inteligência artificial ao Open Finance
Com a autorização do Banco Central, a Delend, agora, faz parte da agenda BC# e passa a funcionar como instituição de pagamento, na modalidade iniciador de transação de pagamento, integrando o ecossistema de Open Finance e iniciando pagamentos via Pix.
Ainda, por meio desta conquista, a empresa passa a ser uma das únicas no sistema financeiro nacional a expandir os produtos da Agenda BC# com Inteligência Artificial, integrando Pix, Open Finance e, em breve, o Drex com modelos específicos de IA Generativa (LLMs).
“Estamos desenvolvendo processos totalmente integrados com dinheiro programável, projetados para facilitar a vida dos nossos clientes. Imagine uma duplicata em que a conta do recebível é completamente programável e direcionada diretamente para o comprador do título. Esse é o principal desafio dos recebíveis que utilizam boletos como forma de pagamento. Estamos avançando na construção de algo parecido com a Perplexity AI, porém focado em Open Finance e informações financeiras”, destaca Licio Carvalho, cofundador e CTO da Delend.
A Prensa Open de hoje fica por aqui. Nos vemos semana que vem, ok? 😉