O fim da cultura do Happy Hour?
Na Prensa People de hoje abordamos o Dia Nacional do Combate ao Alcoolismo e como a nova geração está mudando seus hábitos e, consequentemente, o ambiente corporativo.
Hoje é o Dia Nacional do Combate ao Alcoolismo — e saber disso me deixou reflexiva. Afinal, estamos em fevereiro e, apesar de ainda não ser oficialmente Carnaval, já vemos festas, bloquinhos e confraternizações acontecendo por todo lado. Acredito que esse seja um bom momento para pensarmos a respeito da relação que temos com o álcool.
Você já ouviu falar em iniciativas como o Dry January e o Sober October (em tradução livre, Janeiro Seco e Outubro Sóbrio)? Ambos se tratam de movimentos que incentivam a abstinência de álcool por um período específico, visando promover uma relação mais consciente com a bebida.
O consumo de bebidas alcoólicas tem sido cada vez mais questionado nas interações sociais – e isso pode incluir as práticas organizacionais. Pesquisas apontam que os jovens da Geração Z (nascidos entre 1997 e 2012) estão consumindo menos bebidas alcoólicas do que as gerações anteriores. No Brasil, por exemplo, 62% dos jovens já consideraram reduzir o consumo de álcool.
Entre os principais fatores que impulsionam essa tendência estão preocupação com bem-estar, produtividade e saúde mental. Além disso, podemos contar o movimento sober curious (que incentiva o consumo consciente ou zero álcool) e a intenção de cortar gastos desnecessários para investir em experiências mais significativas.
Essa mudança de comportamento já movimenta bilhões no mercado:
O mercado global de bebidas sem álcool atingiu quase US$ 20 bilhões em 2023, dobrando em cinco anos, segundo informações da Folha de São Paulo.
No Brasil, o consumo de cervejas sem álcool cresceu 24%, ultrapassando 480 milhões de litros vendidos, de acordo com a Abrasel.
O que isso significa para o universo corporativo?
A queda no consumo de álcool entre os jovens traz reflexos diretos para o ambiente de trabalho e a cultura organizacional. Será esse o fim da cultura do Happy Hour?
Para acompanhar os novos hábitos, empresas que prezam pela inclusão de todos os seus colaboradores estão repensando o formato de seus eventos e tomando iniciativas como:
Confraternizações sem o protagonismo do consumo de álcool;
oferta de drinks não alcoólicos e mixologia sem álcool para oferecer opções variadas — e igualmente interessantes;
experiências alternativas para socialização, como cafés da manhã, por exemplo.
Além disso, a adoção de políticas de bem-estar que incluem conscientização sobre os efeitos do álcool e apoio psicológico para quem deseja reduzir o consumo também são exemplos de práticas que acompanham os novos hábitos de consumo. Ajustar práticas internas para refletir essa mudança fortalece o employer branding, tornando a empresa mais atraente para novos talentos.
Você quer proporcionar experiências diferenciadas para seus colaboradores e parceiros de negócios?
A Prensa é especialista em eventos premium, feitos sob medida para atender as necessidades específicas de cada cliente.
É importante enfatizar que criar ambientes de trabalho mais inclusivos e saudáveis não significa eliminar o álcool completamente, mas sim oferecer alternativas que respeitem diferentes estilos de vida.
De minha parte, apesar de ter uma relação bastante equilibrada com o consumo de álcool, confesso que estou considerando experimentar a abstinência por um tempo… mas só depois do Carnaval.
A Prensa People de hoje fica por aqui. Até semana que vem!