Resumo do terceiro dia do FEBRABAN TECH 2024
Confira os destaques da cobertura da Prensa no terceiro dia do maior evento de tecnologia e inovação do setor financeiro!
A 34ª edição do Febraban Tech chegou ao fim. Confira os destaques do terceiro e último dia do principal evento de tecnologia e inovação do setor financeiro na América Latina!
Além de receber o resumo ao final de cada dia, você também pode acompanhar a cobertura completa através do canal de transmissão da Prensa.
Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária: onde estão os investimentos dos bancos
O orçamento total destinado à tecnologia, englobando despesas e investimentos dos bancos brasileiros deverá atingir R$ 47,4 bilhões em 2024. Esta informação foi destacada na 1ª etapa da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024, realizada pela Deloitte.
O estudo mostrou que os bancos dobraram seus investimentos anuais em tecnologia ao longo de oito anos, passando de R$ 19,1 bilhões em 2015 para R$ 39 bilhões no ano passado, um aumento de 104%.
Durante o painel, os palestrantes Cíntia Scovine Barcelos, Executive IT Director do Bradesco, Rodrigo Mulinari, Diretor de TI do Banco do Brasil, Sergio Biagini, Financial Services Industry Leader na Deloitte Brasil, e Carolina Sansão, Director of Innovation, Technology and Cybersecurity na FEBRABAN, discutiram as prioridades dos bancos em termos de tecnologia, o investimento na força de trabalho e como as instituições financeiras pretendem utilizar a inteligência artificial para melhorar o relacionamento com os clientes.
Cyber Threat Resilience Report 24: O ano do paradigma generativo
A Accenture apresentou o Cyber Threat Resilience Report 24 em uma sessão de workshop. O momento contou com a participação de Átila Bandeira, do Banco do Brasil, Glauco Sampaio, da Cielo, Fábio Szescsik, Chicago Advisory representante do Open Finance, Daniel Santana, do Itaú, e Renato Marinho, da Accenture, que discutiram principalmente os impactos da IA generativa no contexto de cibersegurança.
Para Daniel Santana, não existe outro caminho além de usar massivamente a IA, buscar novas tendências e tecnologias e fazer o melhor uso delas.
Os especialistas trouxeram suas preocupações a respeito de ataques e como a IA pode ser usada em prol de detectá-los e resolvê-los, assim como também pode ser usada para gerar novos ataques, sendo estes inclusive ameaças as quais o conhecimento, a tecnologia e os processos atuais não são capazes de solucionar.
A mensagem final foi deixada por Átila Bandeira como um dever de casa para todos os profissionais de tecnologia:
"Muitos especialistas falam que é uma nova revolução industrial e tecnológica, mas na verdade é uma nova era em que só os adaptados vão sobreviver”.
IA: mudando o curso da história humana
No palco do Auditório Febraban, a futurista Amy Webb iniciou sua palestra afirmando: "Estou cansada de ver as pessoas ignorando o Sul Global — vocês fazem muito pelo desenvolvimento do planeta e deveriam ser o epicentro!"
Abordando os superciclos, tema de sua apresentação no South By Southwest deste ano, a especialista compartilhou:
"Por conta dos investimentos em Inteligência Artificial, Sensores e Biotecnologia, nós estamos vivendo um superciclo de tecnologia — o que nunca aconteceu antes na história humana.
Todas as pessoas do planeta estão compartilhando esta experiência coletiva, e isso nos torna a Geração T, uma geração de transição."
Ao longo da palestra, a especialista, que é responsável pelo lançamento anual do Tech Trends Report, abordou diversos impactos da inteligência artificial — não só no que diz respeito aos negócios, mas também na transformação do cotidiano da vida da população.
Ao lado de Webb, Luis Bittencourt, do Santander Brasil, também contribuiu para a discussão, oferecendo insights sobre as implicações práticas da inteligência artificial no setor financeiro e além. A palestra proporcionou uma visão aprofundada sobre o futuro da IA e seu potencial para reconfigurar diversos aspectos da nossa vida diária.
Os benefícios do uso responsável da IA no setor financeiro
A responsabilidade no uso da inteligência artificial é uma jornada contínua, exigindo das organizações um trabalho permanente e experimentação de ideias inovadoras para maximizar os benefícios.
O painel, que reuniu os palestrantes Eduardo Joia, da Microsoft, Elias Abdala Neto, da Microsoft Brasil, e Gabriel Santos, da XP Investimentos, teve como foco a implantação responsável da IA no setor financeiro e os esforços colaborativos necessários para navegar nesse cenário dinâmico e em constante evolução. Os palestrantes compartilharam suas experiências e perspectivas sobre as melhores práticas para garantir que a IA seja implementada de maneira ética e eficaz.
Tokenização e o futuro do mercado financeiro
Aqui foram discutidas as oportunidades e tendências emergentes na economia tokenizada, destacando o ponto de virada que a tokenização está alcançando. A indústria e os reguladores estão avançando com foco em trabalhos reais e concretos. A proliferação contínua de instrumentos de moeda digital pode formar a base da infraestrutura do mercado financeiro da próxima geração, e as decisões tomadas nesses projetos estão se tornando cada vez mais importantes.
A especialista Jessica Renier, Managing Director, Digital Finance do Institute of International Finance, explorou os esforços e objetivos de tokenização nos domínios do dinheiro e dos ativos do mundo real, discutindo as interconexões que poderiam uni-los no futuro.
Com o Drex, a tokenização chega ao mercado institucional
Os palestrantes Andre Portilho, do BTG Pactual, Clarissa Souza, do Banco Central do Brasil, Jayme Chataque, do Santander Brasil, Marcos Brasiliano Rosa, da Caixa, Renata Petrovic, do Bradesco, e Jorge F. Krug, do Banrisul, compartilharam como os bancos estão se preparando para explorar o Drex e as vantagens que ele traz diante do cenário internacional.
Foram discutidos os avanços nos testes institucionais com a CBDC brasileira, que continuarão em 2025. Emitida e regulada pelo Banco Central, a moeda digital foi destacada como uma ferramenta para compras, pagamentos e envio e recebimento de dinheiro, tanto local quanto internacional, com maior velocidade e eficiência. A discussão enfatizou como o Drex abre oportunidades de negócios, investimentos e novos serviços financeiros para as instituições financeiras.
Banking of Things, já ouviu falar? O IoT e o 5G estão por trás
Como está o 5G no Brasil? Será que todo o seu potencial está sendo explorado?
Os especialistas Gloria Kojima, do Bradesco, Lorena Prado, do Banco do Brasil, Marcelo Cavalcante de Oliveira Lima, da Huawei Latin America, Marcos Ferrari, da Conexis Brasil Digital, e Marcelo Sakate do Bloomberg Línea, debateram como o setor bancário está adotando a IoT para uma coleta eficiente de dados.
Além disso, explicaram como carteiras digitais habilitadas para IoT integradas em telefones celulares e smartwatches permitem que os clientes façam compras, evidenciando que o Banking of Things pode oferecer soluções mais seguras e convenientes para pagamentos e transações financeiras, aprimorando a eficiência operacional dos bancos e enriquecendo a experiência do cliente.
A tokenização como entrada para a escala global
Em um dos painéis mais aguardados do terceiro e último dia da 34ª edição do Febraban Tech, o líder da iniciativa DREX e servidor do Banco Central do Brasil desde 1998, Fabio Araújo, se reuniu — em uma conversa moderada por Courtnay Nery Guimarães, Director - Digital Enterprise Practice e Chief Scientist Meta Economy & Emerging Technologies na Avanade, com os especialistas Bernardo Srur, CEO da ABCripto, Jorge Casara, Inspector da CVM, Marcos Viriato, CEO da Parfin, e Patricia Stille, CEO da Bee4, para falar sobre a tokenização como entrada para a escala global. Confira o artigo completo:
Embedded Finance: o impacto das mudanças estruturais no sistema financeiro
Em um painel moderado por Danylo Martins, Founder da Finsiders Brasil, os especialistas Carlos Eduardo Benitez, CEO da BMP, e Bruno Loiola, Co-founder da Pluggy e um dos curadores do Open Finance Conference, apresentaram insights e previsões a respeito do futuro promissor do Open Embedded Finance.
Os painelistas compartilharam suas experiências no desenvolvimento de soluções para a transformação do sistema financeiro por meio das finanças embarcadas, e reforçaram a importância da inovação e colaboração para o crescimento do setor.
Mestres do prompt: o segredo de saber perguntar
Quais são os elementos essenciais para um prompt eficaz? Para responder a esta pergunta, profissionais da Foursys, Santander Brasil, FIAP e Itaú Unibanco se reuniram no Auditório Febraban. “Curiosidade, assertividade e contexto”, é o resumo indicado pelo mediador Rafael Rovani, Head de IA e Analítica do Banco do Brasil.
“O prompt é a ferramenta do curioso. Ele precisa ser claro, conciso e específico. Quanto mais dados você puder dar, maior será a acuracidade da resposta que ele dará. Para quem está testando IA generativa ou quer acelerar o conhecimento nesse tema, já existem bibliotecas de prompts que podem ajudar.” compartilhou Raphael Narezzi, Head de Tecnologias Emergentes do Itaú Unibanco.
“O nome inteligência artificial não está aqui por acaso. É preciso levar à inteligência artificial os mesmos recursos que usamos em nossa linguagem. A IA está preparada para trazer respostas no formato que você demandar e definir” apontou Tassiana Rugoni de Campos, Coordenadora de MBA da FIAP
A nova geração já está consumindo de forma nativa com as novas tecnologias e a contribuição geracional será um diferencial nos próximos anos. “A minha filha usa mais o modal de voz para conversar com a IA do que escrever. Quando evoluirmos esses modais, os prompts serão mais complexos e as respostas mais completas”, comentou Roberto Takeshi, Head de Tecnologias Emergentes do Itaú Unibanco.
A série especial de cobertura do Febraban Tech 2024 fica por aqui, mas você encontra mais conteúdos e desdobramentos sobre o universo financeiro nas próximas publicações da Prensa.
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