💎 Desdobramentos da crise e o futuro da cibersegurança no setor financeiro
Lei europeia define novos padrões de segurança e resiliência para instituições financeiras — descubra como o Brasil pode antecipar e adotar as melhores práticas globais.
Olá! Hoje é quarta-feira, dia de Prensa Open!
Na semana passada, falamos sobre a polêmica que girou em torno das mudanças no Pix. Na edição de hoje:
Como o Governo está reagindo à crise de confiança no sistema de pagamentos instantâneos?
O que é definido pela Lei de Resiliência Operacional Digital (DORA)?
Quais oportunidades e desafios a DORA traz para instituições financeiras?
Crise do Pix: Governo reage com medidas para restaurar confiança
O Governo Federal segue firme na tentativa de mitigar os impactos da desinformação que abalou o sistema de pagamentos instantâneos Pix na última semana.
No último dia 15, o Governo editou uma medida provisória para garantir que o Pix continue sendo gratuito e livre de taxas, ao mesmo tempo em que suspendeu as novas regras de fiscalização de transações. A ação foi uma resposta direta aos boatos de que o sistema de pagamentos seria taxado, que geraram grande insegurança, especialmente entre autônomos e pequenos empresários.
Diante dessa crise, o Palácio do Planalto anunciou que lançará uma campanha publicitária com o slogan "Pix: Seguro, Sigiloso e Sem Taxa", visando informar a população e reforçar a confiança no sistema. Segundo informações do Valor Econômico, as peças publicitárias serão veiculadas na TV, rádio e redes sociais, com o objetivo de dissipar a falsa narrativa e devolver a estabilidade ao uso do Pix. A expectativa é que a campanha esteja no ar já na próxima quinta-feira.
Após a revogação das novas regras, o volume de transações por Pix registrou o maior valor de pagamentos de janeiro, refletindo a recuperação da confiança do público. Segundo o Banco Central, foram movimentados 117,4 bilhões de reais em pagamentos por meio de 182,1 milhões de transações na última segunda-feira, 20.
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Resiliência digital: lições da DORA para as instituições financeiras
Desde o último dia 17, as instituições financeiras europeias estão sujeitas a uma das regulamentações mais robustas voltadas à segurança digital no setor financeiro: a DORA (Lei de Resiliência Operacional Digital).
Aprovada pelo Parlamento da União Europeia em 2023, a DORA visa fortalecer a resiliência operacional digital, garantindo a continuidade dos serviços financeiros em um cenário cada vez mais interconectado e dependente de tecnologias.
Entre as principais medidas da nova lei, estão os testes de segurança obrigatórios, como os Testes de Resiliência Operacional Digital (DORT) e os Testes de Intrusão Orientados a Ameaças (TLPT). Esses testes visam identificar vulnerabilidades e aprimorar a capacidade de resposta das instituições financeiras a incidentes cibernéticos.
A regulação exige que essas avaliações sejam realizadas de forma contínua, com o intuito de garantir que as instituições estejam preparadas para responder a ameaças cibernéticas ou falhas sistêmicas. Além disso, estabelece que os testes de segurança sejam adaptados conforme o tamanho, perfil de risco e complexidade das operações das instituições, tornando as medidas mais eficazes e personalizadas.
Isso significa que o nível de exigência será proporcional ao risco apresentado por cada organização, tornando as medidas de segurança mais eficazes e personalizadas.
Oportunidades para o mercado
Embora a DORA seja uma regulação específica da União Europeia, ela oferece lições valiosas para as instituições financeiras globais, dado o contexto em que segurança cibernética e resiliência operacional são questões cada vez mais relevantes.
Assim, a DORA coloca a resiliência operacional digital no centro das operações financeiras europeias, mas também abre caminho para o fortalecimento da cibersegurança no Brasil e no resto do mundo:
Referência e benchmark: a regulação europeia serve como uma excelente base de comparação para fortalecer as estratégias de cibersegurança e aprimorar os processos de teste de segurança nas instituições financeiras de modo geral.
Preparação para regulamentações futuras: essa iniciativa pode ser um modelo para futuras regulamentações brasileiras e latino-americanas. Com ela, as instituições financeiras têm uma oportunidade única de se antecipar e reforçar suas políticas de segurança digital, alinhando-se às melhores práticas globais.
Em sintonia com essa movimentação, o Banco Central, por exemplo, também está há alguns anos trabalhando na implementação de medidas semelhantes, como a Resolução 4893 e a Circular 3.987/23, que exigem governança robusta de segurança e testes de penetração periódicos.
Para as instituições financeiras locais, a adoção de práticas semelhantes poderá se tornar uma vantagem competitiva, alinhando-se com padrões internacionais e antecipando-se a potenciais regulamentações futuras.
A Prensa Open fica por aqui.
Até semana que vem!