🚀"Não é mais uma questão de 'se' essas tecnologias serão adotadas, mas 'quando'."
Especialista em low-code, Leo Andrade fala sobre a revolução nas ferramentas de desenvolvimento e o impacto delas no mercado.
“O low-code democratiza o desenvolvimento, colocando o poder de criação nas mãos de quem antes não fazia parte da tecnologia.”
A afirmação é de Leo Andrade, especialista em low-code e um dos principais influenciadores de tecnologia no Brasil. Leo é idealizador do movimento Baixada Nerd, que promove eventos em Escolas Técnicas e universidades na Baixada Santista para criar novas possibilidades no mercado empresarial, e do Clube Léo Andrade, escola virtual focada no ensino das primeiras plataformas low-code e no-code de mercado sem abrir mão dos princípios essenciais da programação. Ele é um dos curadores do Low-Code Summit.
Em entrevista à Prensa, Leo Andrade relembra sua trajetória, o impacto das comunidades no ecossistema da tecnologia e as oportunidades que essa abordagem traz para o mercado de trabalho.
O especialista começou sua carreira no desenvolvimento de software tradicional, utilizando linguagens de programação. Seu primeiro contato com o low-code aconteceu em 2016, durante um projeto de grande escala na mineradora Vale, onde utilizou a plataforma OutSystems. Foi a partir desse momento que ele começou a perceber o potencial do low-code em tornar o desenvolvimento de software mais acessível.
Um dos principais impactos que Leo observa é a facilidade com que pessoas que antes não faziam parte da área de tecnologia conseguem agora criar soluções tecnológicas. Ferramentas de low-code, como AppSheet e PowerApps, permitem que profissionais sem experiência em programação desenvolvam aplicativos e automações para seus departamentos.
Segundo Leo, essas plataformas ajudam a democratizar o desenvolvimento, proporcionando às empresas soluções que antes só seriam possíveis com equipes altamente técnicas. Ele destaca, ainda, que o low-code é uma ponte para a transição de carreira. Muitos de seus seguidores e alunos estavam buscando entrar no setor de tecnologia, mas encontravam barreiras no desenvolvimento tradicional.
“Eu chamo tudo de low-code, para mim não existe esse no-code, esse sem código. Até as plataformas que se dizem sem código te permitem colocar algum tipo de código de alguma maneira.”
Leo faz uma conexão interessante entre low-code e no-code, duas categorias que muitas vezes são tratadas como separadas. Ele defende que, na prática, todas as plataformas, até mesmo as que se dizem no-code, exigem algum nível de código em determinadas situações, como na criação de plugins. Assim, para ele, o termo “no-code” é um pouco ilusório e, por isso, o especialista prefere agrupar tudo sob o conceito de low-code, que oferece níveis variados de abstração do código.
Essa conexão reflete a visão prática que ele tem do desenvolvimento de software: as plataformas low-code simplificam o processo, mas não eliminam completamente a necessidade de conhecimento técnico. Leo acredita que, para tirar o máximo proveito dessas ferramentas, é essencial dominar conceitos como lógica de programação, modelagem de dados e processos de integração.
“Muitas críticas a estas tecnologias vêm de quem nunca testou realmente as ferramentas.”
Mesmo com o crescimento do low-code, ainda existem críticas. Algumas pessoas, principalmente desenvolvedores tradicionais, questionam as limitações dessas plataformas. Leo, que admite já ter tido essa resistência, refuta essas críticas apontando que, muitas vezes, elas vêm de profissionais que nunca testaram realmente as soluções.
Ele compara essa situação à escolha de uma Ferrari para andar em uma estrada de terra: para determinadas situações, uma ferramenta poderosa como a Ferrari não é a escolha ideal. Da mesma forma, as plataformas low-code, embora não sejam adequadas para todos os cenários, resolvem com eficiência muitos problemas que as empresas enfrentam, como a necessidade de desenvolvimento rápido de soluções internas.
“Estamos vendo o surgimento de um novo perfil de desenvolvedor: sem formação técnica, mas que entende profundamente de processos.”
Segundo Leo, o mercado de trabalho já está absorvendo um novo tipo de profissional que não possui formação técnica tradicional, mas que entende profundamente processos e lógica. Esses profissionais, armados com ferramentas low-code, são capazes de criar soluções que aumentam a produtividade e otimizam fluxos de trabalho dentro das empresas.
“O conhecimento dos fundamentos de programação é o que diferencia quem usa o low-code de quem domina o low-code.”
Apesar de sua defesa das ferramentas low-code, Leo ressalta que aprender os conceitos fundamentais de programação é essencial para utilizar essas plataformas de forma eficaz. Ele recomenda que os profissionais dediquem tempo para aprender lógica de programação, modelagem de dados e entender os processos por trás das soluções que estão criando. Somente com essa base sólida será possível extrair o máximo potencial do low-code e evitar a criação de soluções mal estruturadas.
Para Leo Andrade, o low-code representa uma revolução na forma como soluções tecnológicas são criadas, permitindo que pessoas sem formação técnica tradicional contribuam para o desenvolvimento de software. No entanto, ele faz questão de frisar que o conhecimento de fundamentos técnicos continua sendo importante para quem deseja realmente dominar essas ferramentas e maximizar seu impacto. As empresas, por sua vez, devem se abrir para experimentar essas soluções, testando-as em problemas reais para perceber o quanto elas podem acelerar a inovação e aumentar a eficiência.
O Low-Code Summit 2024, programado para 17 de outubro no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo, será um dos principais eventos do ano para discutir tendências e inovações no uso de plataformas low-code e no-code.
Essa foi a Prensa Low-Code de hoje, em edição especial para o Low-Code Summit 2024.
Confira as edições anteriores:
Leandro Garcia: “O programador é o novo artista. Somos os artesãos da atualidade.” Renato Asse: 🚀 "Low-code não é mais o futuro, é o presente."
Ainda não adquiriu seu ingresso? Visite www.lowcodesummit.com.br e reserve sua vaga!