💎 Open Innovation: como o compartilhamento pode ser vantajoso até entre concorrentes?
Vem saber a diferença entre Inovação Aberta e Inovação Fechada em mais uma Prensa Open 👨💻
Mais uma semana, mais uma Prensa Open!
Nas edições anteriores, analisamos as variações da aplicação do conceito de dados abertos com o Open Health, Open Insurance e Open Energy. Hoje, veremos um panorama sobre Open Innovation — como o compartilhamento de conhecimento pode ser vantajoso até entre concorrentes?
No livro Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology, lançado em 2003, o professor e diretor executivo Henry Chesbrough conceituou o termo open innovation pela primeira vez.
A aplicação de uma invenção que crie valor é a definição da ONU para o conceito de inovação. Com o objetivo de estimular a colaboração entre empresas, startups, órgãos públicos, pesquisadores e consumidores, o Open Innovation representa uma abordagem que incentiva o compartilhamento em comum acordo das práticas de negócios, processos organizacionais e relações de mercado para acelerar a inovação.
Em 2008, o Centro de Open Innovation Brasil, disseminando a palavra da inovação aberta, conectou-se a empresas como a Vale, Natura e Embraer. Até os dias de hoje, o conceito segue inspirando empresas como iFood, QuintoAndar, Loft, Madeira Madeira e Neon. Segundo dados da 100 Open Startups, em 2022, 4.500 empresas firmaram parcerias com startups no País.
A jornalista Olívia Baldissera sintetizou as informações compartilhadas por Chesbrough no artigo “The Era of Open Innovation”, ressaltando a diferença entre os princípios da Inovação Aberta e da Inovação Fechada:
— Princípios da Inovação Fechada
“Os melhores profissionais do nosso campo devem trabalhar na nossa empresa.”
“Para lucrar com P&D, devemos descobrir, desenvolver e lançar por nós mesmos.”
“Se descobrirmos algo por nós mesmos, vamos apresentar para o mercado antes que todos.”
“Se formos os primeiros a vender uma inovação, sairemos ganhando.”
“Se criarmos a maioria das melhores ideias da indústria, sairemos ganhando.”
“Devemos controlar nossa propriedade intelectual para que a concorrência não lucre com nossas ideias.”
— Princípios da Inovação Aberta
“Nem todos os melhores profissionais trabalham para nós, por isso precisamos buscar conhecimento em pessoas brilhantes de fora da nossa organização.”
“Um P&D externo pode criar um valor significativo para a empresa. Um P&D interno é necessário para a empresa ter parte do valor gerado.”
“Não precisamos ser os autores da pesquisa para lucrar com ela.”
“Construir um excelente modelo de negócios é melhor do que chegar ao mercado primeiro.”
“Se fizermos um bom uso de ideias internas e externas, sairemos ganhando.”
“Devemos lucrar com o uso que outras empresas fazem de nossa propriedade intelectual. Também devemos pagar pela propriedade intelectual de outras empresas para melhorar nosso modelo de negócios”.
Em vez de confiar apenas nos recursos internos de uma empresa para desenvolver novas ideias, ao adotar o Open Innovation, as empresas podem acelerar o processo de inovação, reduzir os custos de pesquisa e desenvolvimento, mitigar riscos e até mesmo encontrar novas oportunidades de mercado que talvez não seriam descobertas de outra forma.
Ao abrir as fronteiras da inovação e permitir que ideias fluam de e para outras organizações, uma empresa pode acessar um ecossistema muito maior de conhecimento, experiência e perspectivas. Gerando soluções mais criativas, eficientes e até mesmo disruptivas.
🤝Open Innovation na prática
🧊 Sony Music e Eventim Brasil se unem ao Cubo Itaú com foco em inovação: O Cubo Itaú — hub de fomento ao empreendedorismo tecnológico em nível Latam — firmou parceria com a Sony Music e a Eventim Brasil com o objetivo de impulsionar a indústria de entretenimento e cultura. “Ter empresas como a Eventim e a Sony Music conosco é mais uma oportunidade de contribuir com os empreendedores, que podem fazer negócios para solucionar desafios do setor, além de melhorar a experiência da sociedade em variados eventos”, analisou Paulo Costa, CEO do Cubo Itaú. (Cliente S/A)
🎯 Engineering Brasil e Axway firmam parceria para inovação digital: O objetivo da união é proporcionar aos clientes da Axway uma oferta integrada que combina as soluções da marca francesa - principalmente APIs - com a consultoria especializada da Engineering, auxiliando setores como saúde, financeiro e utilities (que engloba água, gás e energia), entre outros, a acelerar suas estratégias de inovação. (Ansa Brasil)
🚀 MatchIT e 100 Open Startups se unem para destravar mercado de R$ 10 bilhões: O investimento em inovação aberta no Brasil pode movimentar mais de R$10 bilhões ainda em 2024, representando um crescimento de quase 100% em relação a 2023. É o que defende Bruno Rondani, especialista no tema e sócio-fundador da 100 Open Startups, plataforma líder em inovação aberta com 15 anos de atuação no setor. (Abes)
🌎 Inovação Aberta na América Latina: Estruturada em 2015, a área de Inovação Aberta da Bayer é dedicada a promover inovação para a agricultura tropical, através de parcerias públicas e privadas. Com essa plataforma de relacionamento, a empresa vem apoiando pesquisas e projetos que vão além da inovação clássica, sempre com foco nas necessidades dos agricultores da região América Latina, seus cultivos-chave e os principais desafios da agricultura moderna na região. (Bayer)
🌱 Natura anuncia chamada científica pública para pesquisadores participarem do Congresso IFSCC 2024: Iniciativa será viabilizada pelo Natura Campus com o objetivo de aproximar cientistas brasileiros do ecossistema internacional de ciência, tecnologia e inovação em cosméticos. (A Crítica)
Até a próxima Prensa Open! 🤝