😎 Até quando sofreremos com as fake news?
Desinformação, desespero e combate. A Prensa Tech de hoje fala sobre fake news.
A resposta curta e simples é que vamos lidar com as fake news para sempre. Antes de desespero ou ansiedade, calma. Esse problema é reconhecido e há formas de não ser tão afetado.
A Prensa Tech de hoje vai mostrar os efeitos da desinformação e o que tem sido feito para conter as ondas de notícias falsas.
Bom dia e boa leitura!
Sinan Aral, cientista, empresário e investidor com doutorado em economia de TI, econometria aplicada e estatística, realizou alguns dos maiores experimentos aleatórios em redes sociais digitais como Facebook e Twitter para medir o impacto de mensagens persuasivas e influência de pares em nossa economia, nossa sociedade e nossa saúde pública. Veja suas conclusões neste TEDx Talks.
Fake news coloca proteção à saúde em risco
A farmacêutica Takeda apresentou na última quinta-feira, 21/1, resultados de uma pesquisa realizada em parceria com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), com nome ”Dengue: o impacto da desinformação sobre a doença e suas formas de prevenção no Brasil”, o estudo tem o objetivo de analisar as percepções e comportamentos da população em relação à dengue e à vacinação.
Para além de números preocupantes trazidos pela Agência Brasil, sobre a pior epidemia de dengue no Brasil neste ano, com mais de 6,5 milhões de casos prováveis da doença e 5.832 mil mortes, o estudo mostra que as fake news ainda impactam a imunização efetiva.
Entrevistas online com 2 mil pessoas de todas as regiões do país, de perfis diversos, mostraram que quase metade dos entrevistados (43%) tinha filhos com idades entre 4 e 17 anos. Ainda que cautelosos, demonstraram percepções positivas em relação à vacinação em geral, e buscam mais informações. Este é o grupo que está mais exposto a fake news, principalmente em redes sociais e canais como WhatsApp. Por temerem a saúde dos filhos, eles são considerados mais vulneráveis.
Conclusão: as fake news afetam diretamente as decisões sobre a vacinação em geral.
Quatro em cada dez entrevistados disseram já terem recebido informações falsas sobre vacinas nas redes sociais;
Cerca de 30% das pessoas já deixaram de se vacinar ou recomendaram que outras não se vacinassem por terem dúvidas sobre a segurança e a eficácia dos imunizantes;
Pelo menos 10% desistiram de se vacinar após receberem informações online ou de amigos e parentes;
17% não mudaram de opinião, mas ficaram em dúvida por causa das informações recebidas.
Treino com IA
A startup norueguesa Factiverse criou um software que utiliza a inteligência artificial para investigar a credibilidade de textos, vídeos e áudios com um grande diferencial: não tem base em LLM (Large Language Model) — o que afasta os dados “junk food” de inteligências artificiais generativas.
A plataforma processa linguagem natural por meio de varreduras em sites de busca, domínios de IA e até artigos acadêmicos e é dividida em quatro recursos: API FactiSearch, verificação de fatos ao vivo, editor de IA e Factiverse GPT.
Eles foram aplicados em checagens de tempo real nas eleições americanas.
Episódio 2 da série produzida pela Carta Capital sobre o assunto.
Educação contra desinformação
O Governo Federal tem respondido às fake news com educação. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República promoveu a 2ª Semana Brasileira de Educação Midiática, fórum de discussões e troca de experiências entre diversas iniciativas desenvolvidas em todo o território nacional. Webnários e palestras fizeram parte da programação desenvolvida para os estudantes.
Além disso, no Cria G20, o último painel do G20 Talks discutiu o impacto das fake news na democracia e chamou atenção para a necessidade de regulamentar plataformas digitais. Na ocasião, o youtuber Felipe Neto esteve presente e disse que “as redes priorizam o lucro e não se preocupam com as consequências das informações disseminadas. Sem regulamentação e ética, essa realidade não mudará”.
🌎MUNDO TECH
UMA CURADORIA ESPECIAL DA REDAÇÃO PRENSA COM NOTÍCIAS SOBRE TECNOLOGIA, TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E INOVAÇÃO
Navegador próprio: com próprio mecanismo de busca e aplicativo ChatGPT nativo, a OpenAI busca criar seu próprio navegador. Críticos avaliam que esse passo é considerado natural. (The Information, em inglês)
Propaganda: a famosa campanha natalina da Coca-Cola ganha uma versão gerada por inteligência artificial. A inovação foi aprovada? (Exame)
Bochecha sem Claudinho: EUA propõem separação de Google e Chrome. Sugestão vem a partir do Departamento de Justiça americano para romper o monopólio do mercado de buscas online. (UOL)
Essa foi a sua Prensa Tech de hoje! Até semana que vem!
Leia também: