💎 Como a regulação do uso de IA afeta o mercado financeiro?
Entenda os debates em torno do “PL da IA” e confira atualizações divulgadas pelo Banco Central do Brasil a respeito do Piloto Drex na Prensa Open de hoje!
Quinta-feira é dia de Prensa Open!
Na edição passada abordamos as resoluções da CVM que simplificam a portabilidade de investimentos no mercado de capitais.
Hoje trazemos novidades sobre o Piloto Drex e os impactos da regulação do uso de IA no mercado financeiro. Vamos lá?
Piloto Drex: novos temas selecionados para a segunda fase de testes
O Banco Central do Brasil (BC) anunciou ontem, 04/09, os 13 novos temas que farão parte da segunda fase de testes do Piloto Drex, destacando a implementação de serviços financeiros via smart contracts. Ao todo, foram apresentadas 42 propostas de casos de uso. Com a participação de representantes renomados como Nubank, Itaú, Caixa e BTG, os testes terão início nas próximas semanas.
De acordo com a nota oficial do BC:
“O desenvolvimento dos temas selecionados deverá ser iniciado nas próximas semanas, em ambiente de debate devotado a cada um dos temas onde reguladores e participantes poderão discutir a melhor estratégia de implementação, a governança dos novos serviços e avaliar a interação das soluções de privacidade disponíveis com a implementação do tema proposto.”
Atualmente, 16 empresas e consórcios estão envolvidos no desenvolvimento dos recursos necessários para que a plataforma possa operar – o que inclui testes e avaliações das soluções propostas. Dos 13 temas escolhidos, 11 são de responsabilidade do Banco Central do Brasil e 2 caem na competência da Comissão de Valores Mobiliários.
Entre os temas selecionados estão:
Crédito colateralizado (CDB e títulos públicos) – com participação de bancos como BB, Bradesco e Itaú.
Financiamento de operações de comércio internacional – a cargo do Inter.
Otimização do mercado de câmbio – envolvendo XP, Visa e Nubank.
Transações com ativos em redes públicas – liderado por MBPay.
Confira a lista completa na nota oficial do BC.
Como a regulação da IA afeta o mercado financeiro?
A proposta de um marco legal para o uso de Inteligência Artificial no Brasil visa estabelecer diretrizes para garantir a aplicação ética e segura da IA. A relevância desta iniciativa é indiscutível, já que tem como objetivo garantir que estas tecnologias sejam utilizadas com responsabilidade, protegendo tanto os consumidores quanto a integridade das organizações.
Entretanto, algumas das medidas propostas preocupam representantes do setor financeiro. Você sabe quais os possíveis impactos do Projeto de Lei 2.338/2023 neste segmento?
A implementação de novas normas faz com que instituições financeiras enfrentem a necessidade de adaptar suas operações, garantindo transparência, responsabilidade e proteção de dados. Para estas empresas, a regulação da IA pode significar mudanças significativas em seus processos: a adoção de práticas mais transparentes e responsáveis se tornará uma exigência, o que exigirá ajustes nos sistemas existentes e nas estratégias de compliance.
A regulação também deve influenciar a forma como os dados são coletados e utilizados, reforçando a necessidade de uma abordagem mais cuidadosa na proteção das informações dos clientes. Isso incentiva a inovação responsável e melhora a integridade do setor financeiro, garantindo que as novas tecnologias sejam desenvolvidas e implementadas de maneira a proteger os interesses dos usuários e do mercado.
Conflitos que preocupam o setor
Apesar dos benefícios que as diretrizes podem trazer, alguns pontos preocupam representantes do setor. Entre eles:
Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial (SIA)
A criação do SIA está sendo discutida para estabelecer uma estrutura nacional que regule e governe o uso da IA. A preocupação é garantir que a regulamentação seja eficiente e alinhada com as necessidades do setor financeiro, sem criar barreiras excessivas à inovação. Por isso, a implementação deste sistema deve considerar as especificidades do mercado e garantir que todas as partes envolvidas possam adaptar-se adequadamente às novas regras.
Custo de conformidade
A adaptação às novas regras pode ser cara. As instituições financeiras deverão investir em sistemas e treinamento para cumprir as novas regulamentações, o que pode ser um desafio, especialmente para empresas menores.
Inovação x regulação
Como equilibrar inovação e regras? Há o receio de que regras muito rígidas possam impedir novas ideias e avanços tecnológicos, enquanto regras muito frouxas podem não proteger os consumidores adequadamente.
Competitividade
Como as regras afetam a competição? Regras conflitantes em diferentes países podem colocar algumas instituições financeiras em desvantagem em relação a concorrentes internacionais.
Essas preocupações refletem a necessidade de uma abordagem equilibrada que permita a inovação na aplicação da IA enquanto garante a proteção dos consumidores e a integridade do mercado financeiro.
Você pode ler mais sobre o assunto nesta matéria do Finsiders Brasil.
A Prensa Open desta semana fica por aqui. Até quinta-feira que vem!
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